Tuesday, November 27, 2007

Presentinho

Este lindo presente é uma das vaquinhas que ganhei do Alex da SVB, o webmaster amigo vegan. Eu achei uma graça. Compartilho com vocês. E saibam que a soda cáustica e a água oxigenada faz sempre parte dos saquinhos longa vida, só que eles erraram na dose. E você pensa então que toma leite puro, com café ou com nescau apenas? Q nada!



AS ISOFLAVONAS NOVAMENTE

Artigo da RGNUTRI:

http://www.rgnutri.com.br/


"Conheça Melhor as Isoflavonas Saúde & Qualidade de Vida - Saúde & Nutrição


As isoflavonas, também chamadas isoflavonóides, são compostos químicos fenólicos amplamente distribuídos no reino vegetal, pertencentes à classe dos fitoestrógenos, que são estrutural e funcionalmente similares ao estradiol (MACKEY & ÉDEN, 1998). As concentrações de isoflavonas são relativamente maiores nas leguminosas e, em particular, na soja (SETCHELL, 1998).


As isoflavonas encontram-se na forma glicosilada na natureza, biologicamente inativas. Após a ingestão ocorre um complexo mecanismo enzimático de conversão no trato gastrointestinal, resultando na formação de fenóis heterocíclicos estruturalmente similares ao 17-?a -estradiol (MACKEY & ÉDEN, 1998; MURKIES et al., 1998). Dessa forma, as isoflavonas comportam-se como estrógenos na maioria dos sistemas biológicos (SETCHELL, 1998).
Similaridade química das isoflavonas com os estrogênios

A variação estrutural química das isoflavonas é numerosa, e somente a soja contém 3 tipos de isoflavonas com 4 formas isoméricas, totalizando 12 diferentes tipos desse composto. As formas que têm recebido maior atenção nas pesquisas e que têm se mostrado mais ativas no corpo humano são a daidzeína, genisteína e gliciteína (DEWICK, 1994; KANAOKA, 1998; CHANG, 2002 ).


A genisteína, uma das duas mais importantes isoflavonas da soja, tem atraído muita atenção não somente por seu potencial efeito anti-estrogênico, mas porque inibe várias enzimas envolvidas em processos de carcinogênese. A concentração da genisteína na maioria dos produtos de soja varia de 1-2 mg/g (BARNES et al., 1995). As populações orientais, que apresentam baixa incidência de câncer de mama e próstata, consomem de 28-80 mg de genisteína por dia, quase toda derivada de produtos de soja, enquanto que a ingestão diária de genisteína nos EUA é somente de 1-3 mg/dia (WEI et al., 1995).


Zava & Duwe (1997) sugerem que a genisteína é a única entre as isoflavonas que possui efeito potencial na inibição do crescimento de células cancerosas em concentrações fisiológicas. A genisteína funcionaria como potente inibidor da oncogênese (BARNERS et al, 1995; PETERSON, 1995), pois inibe a tirosina quinase (PTK), o fator de crescimento epidérmico (EGF-R), as DNA topoisomerases I e II, a quinase ribossômica S6, assim como a angiogênese e a diferenciação celular in vivo. Além disso, inibiria a produção de radicais livres, modularia o ciclo celular e, eventualmente, poderia precipitar a apoptose (BARNES et al, 1995).


A daidzeína é considerada, conjuntamente com a genisteína, o fitoestrógeno mais abundante nos derivados de soja. Um estudo feito por Tovar e Acosta, (2004) encontrou que a daidzeína é mais eficiente que a genisteína na prevenção de perda óssea de ratas ovariolectomizadas. Enquanto a genisteína é a isoflavona que apresenta maior semelhança com o estrógeno endógeno, apresentando efeito estrogênico, a daidzeína parece exercer maior ação antiestrogênica (PICHERIT et al, 2000). No entanto, a maioria dos estudos concordam que a daidzeína só exerce algum efeito se combinada com a genisteína.


A gliciteína é a isoflavona menos abundante encontrada nos alimentos de soja, e também a menos estudada. A estrutura química da gliciteína é similar àquela da genisteína e da daidzeína, e esperava-se que a gliciteína apresentasse atividades fisiológicas similares. No entanto, à exceção da atividade antioxidante evidenciada em poucos estudos, isto não pode ser afirmado (SONG et al., 1999; ZHANG et al., 1999)..


Alguns estudos apontam que a gliciteína tem a atividade estrogênica fraca quando medida in vivo e in vitro, enquanto outros encontraram que essa atividade pode ser mais elevada. No entanto, a discussão do mecanismo de ação da gliciteína é ainda especulativa, e mais trabalhos são necessários (SONG et al., 1999; ZHANG et al., 1999).
Estrutura química da daidzeína, a genisteína e a gliciteína"

Referências bibliográficas
SETCHELL, K. D. Phytoestrogens: The biochemistry, physiology, and implications for human health of soy isoflavones. American Journal Clinical of Nutrition. Bethesda, v.134, n.6, p.1333S-1343S, 1998. Supplement.
MACKEY, R.; EDEN, J. Phytoestrogens and the menopause. Climacteric, [S.I], n.1, p.302-8, 1998.
SONG, T. T.; HENDRICH, S.; MURPHY, P. A. Estrogenic activity of glycitein, a soy isoflavone. J Agric Food Chem, [S.I], v.47, p.1607-1610, 1999.CHANG, S. K. C. Isoflavones from soybeans and Soy foods. 2002.
BANG, H. O.; DYEBERG, J.; HIJOME, N. The composition of food consumed by Greenland Eskimos. Acta Med Scand, [S.I], n.200, p.69-73, 1976.
PETERSON, G. Evaluation of the biochemical targets of genistein in tumor cells. J. Nutr., [S.I], n.125, p.784S-789S, 1995. Supplement.
BARNES, S. Effect of genistein on in vitro and in vivo models of cancer. J Nutr, [S.I], n.125, p.777S-783S, 1995. Supplement.
PICHERIT, C. et al. Daidzein is more efficient than genistein in preventing ovariectomy-induced bone loss in rats. J. Nutr., [S.I], n.130, p.1675-81, 2000.

Obs: para aqueles que entendem melhor de química (do que eu e outros), há imagens explicativas no site mencionado acima do texto.

Meu comentário:

Hoje em dia estão isolando as isoflavonas para que os médicos a receitem. Neste caso a pessoa continua ingerindo arroz e pão brancos, sem propriedades, comendo carne e leite e nem pensa em experimentar produtos feitos de soja disponíveis no mercado por um preço cada vez melhor, ainda "salgado", devendo baratear o custeio destes produtos se exigirmos uma alimentação que supra necessidades, pois uma pessoa não pode ter todos os elementos nutritivos que precisa isolados para tomar em cápsulas ou comprimidos. Caso fosse assim iria sempre ter uma nova necessidade.

É difícil termos uma alimentação adequada que supra todas as necessidades, pois quando você compra por exemplo um suco de laranja, pode ter um mínimo de laranja ali e muito corante, açúcar e conservantes. E o favor que podemos fazer para nós todos é não comprar este tipo de produto, deixando-o mofar nas prateleiras dos supermercados. Desta mesma forma, não quero uma aveia que já venha com banana e açúcar. A banana em natura é muito mais gostosa, já contém açúcar a ponto de ser bem doce e pode ser acrescentada à aveia com leite de soja. Não quero uma barrinha de cereais com açúcar branco e essência de frutas. Gostaria de ter mais facilidade para obter saúde e energia, mas uma facilidade que não gere dificuldades futuras.

Os animais hoje se beneficiam com produtos a base de soja, mas o pobre não, por outro lado. As rações balanceadas servidas para os animais são melhores do que a alimentação de pessoas que estão condenadas a comer arroz branco com massa branca, sem propriedade nutricional alguma no seu dia à dia e esta é a realidade de algumas pessoas que moram onde hoje há grande produção de soja na Amazônia. O ouro verde do Brasil é como todo "ouro", uma grande riqueza e um grande problema. Mas, não podemos negar o valor da soja e seus benefícios para o futuro da humanidade. Por falar nisso, fiquei impressionada numa festa no meio da rua oferecida por um Pet Shop, em que crianças de uma vila obtiveram rações muito nutritivas para cães e estavam comendo nos saquinhos de amostra grátis. Desconfiei que aquelas rações eram muito nutritivas, pois contém soja, levedura de cerveja, germem de trigo, milho, e outros elementos que jamais as crianças têm acesso desde que ocorreu o grande roubo capitalista, este que o refino dos alimentos integrais jamais devolveu a mesa do pobre, mas saibam: estamos devendo a eles ao menos o pão integral e esta soja que tanto enriquece, se não a mesa, o bolso, daqueles que praticam a monocultura, sem filosofia e por razões apenas monetárias.