Classificação das plantas remédio

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Este conhecimento se faz necessário para melhor conhecermos as propriedades das plantas remédio ou plantas medicinais. A classificação se dá de acordo com a ação das plantas sobre o organismo doente; ação essa que é função dos elementos que entram na composição das plantas.-

Obs e cuidado: a classificação que coloco aqui serve para estudo e não para uso prático e imediato. Pois para tanto precisamos especificar a erva em seus aspectos particularizados levando em consideração as suas polaridades, ou seja, aquilo que ela pode de trazer de bom como cura e naquilo em que ela é contra-indicada e naquilo que ela apresenta efeitos residuais, intoxicando o organismo. Algumas plantas são muito eficientes até contra doenças mais graves, mas por curar doenças mais graves elas contêm seu aspecto venenoso como podemos ver oportunamente.

• plantas estimulantes: sua ação deve-se sobretudo aos princípios aromáticos contidos na planta, os quais encontram-se principalmente nas umbelíferas; serão, pois utilizadas nos estados depressivos. Estes princípios aromáticos agem eletivamente sobre o sistema nervoso. Ex: hortelã, ima, alecrim, serpão, mangericão.

• plantas calmantes: os elementos que entram na composição das plantas medicianis são suscetíveis de agir sobre as diferentes zonas do sistema nervoso: sobre os nervos motores do sistema muscular, em casos de cãibras ou de contraturas, nos casos de sensação de dor e de espasmos digestivos. ex: louro cereja, valeriana, hortelã, camomila, tília, a passiflora.

• planta emolientes: todas as vezes em que se apresentar um estado congestivo ou inflamatório dos tecidos ou dos órgãos. ex: begônica, malvaísco, linhaça e malva em aplicações locais.

• plantas fortificantes: os efeitos tônicos são obtidos graças à ação de certas plantas de propriedades adstringentes (que contraem tecidos) que deixam um gosto amargo na boca, mas cuja ação sobre o aparelho digestivo será fortificante. ex: losna (planta perigosa de se usar), o dente-de-leão, a alcachofra, a genciana, o funcho, chicória brava, cardo-santo, dedaleira (cuidado com essa), lírio-do-vale, adônis.

• plantas de ação coagulante: muitos vegetais contêm pectina, substância que tem a propriedade aumentar o poder de coagulação do sangue. ex: roseira brava, morangueiro e certas urtigas.

• plantas diuréticas: reconhece-se que um bom número de plantas exerce uma ação favorável sobre o volume de secreção urinária. ex: cavalinha e muitas outras.

• plantas sudoríferas: durante as afecções febris, quase sempre é interessante fazer o doente suar abundantemente. ex: bardana, borragem, sabugueiro e violeta cheirosa.

• plantas hipotensoras: pode-se agir sobre o estado de constrição dos vasos sangüineos, o que se traduz clinicamente por hipertensão. ex: espinheiro-alvar, limoeiro, visco, pervinca, sabugueiro.

• Plantas de função reguladora intestinal. ex: na infância e na velhice recomenda-se a malva e a flor de pessegueiro como laxativos suaves e a salva no caso de diarréia.

• Plantas colagogas e coleréticas: para pessoas que sobrem de insuficiência hepática na qual a secreção biliar é insuficiente e a excreção da bilis parcialmente entravada pela existência de um obstáculo orgânico (cálculos e depósitos biliares). Ex. no caso de cálculos a chicória e o alecrim e no segundo lugar a alcachofra para depósitos biliares.

• plantas depurativas: limpam o sangue, purificam o organismo das toxinas por ele produzidas. Ex: a acalchofra, depurativa do fígado; a genciana amarela depurativa do sangue (fico com o áleo mesmo), e para as vias urinárias infectadas pelo colibacilo e estafilococo, prescreve-se a borragem, a malva, o dente-de-leão e a cavalinha (veja bem que estes casos são bem graves e deve-se nestes casos dar preferência ao halopata com o uso de antibióticos, sempre que possível por uma questão de responsabilidade); no caso de ameaça de cálculos urinários ou pedras na bexiga: bolsa-de-pastor, a milfurada ou a verbena.

• plantas remineralizantes e reconstituintes: muitas doenças têm um efeito carencial sobre certo números de sais minerais cuja presença é indispensável ao metablismo normal do organismo. ex: aveia, chicória, agrião, espinafre, trigo candial. Também podem faltar elementos reconstituintes em caso de doenças graves e cirurgias em que é recomendada a beterraba, a tanchagem, a tâmara e o aipo. (veja bem que aqui o autor não fez distinção entre plantas remédios e plantas alimento que são mais preventivas e de reposição)

FONTE DE CONSULTA:

O tratamento através das plantas medicinais: de Dr. E. A. Maury e Chantal de Rudder- Editora Rideel Ltda.

Senti falta do termo:

• plantas carminativas: "Para expulsar gases instestinales, (flatos). ablandar el aparato digestivo. Combatir el estreñimiento, las malas digestiones, y con ello debilidad del estomago, convulsiones, palpitaciones, palpitaciones, melancolia, temblores, vómitos nerviosos." - enfim para expulsar gases intestinais, abrandar o aparato digestivo, debilidades do estômago, convulsões, palpitações, melancolia, tremores e vômitos nervosos. Em resumo mesmo, facilitam a boa digestão. Ex: anis, salvia, cenoura.

FONTE DE CONSULTA: http://www.elguardiandelosarcanos.com/

Veja com figurinhas aqui

• plantas emenagogas: provocam a menstruação . ex: alecrim. É preciso ter cuidado com a arruda e outras plantas emenagogas que são abortivas, não podendo ser usadas por mulheres grávidas.

FONTE: Consultei o site do Dr Heiniz Rolandi Jakobi: www.jakobi.com.br/

por indicação do Google em pesquisa direcionada ao termo emenagoga. Ali você encontra uma divisão interessante sobre a classificação das categorias de uma forma bem organizada de acordo com os sistemas ou aparelhos do corpo humano. Veja mais especificamente aqui.

OBS: Existem outras categorias, e esta lista é exemplificativa.

A finalidade destas colocações tem em vista principalmente resgatar um conhecimento que pertence ao povo e a humanidade, procurando fazer com que todos saibamos os nossos limites, pois nem todas as plantas podem ser usadas e lembrando o quanto devemos usar o bom senso no uso do conhecimento das plantas, sendo que em muitos casos é melhor não agir no sentido de usá-las, mas ir ao médico ou encaminhar ao médico as pessoas que estão sob nossa responsabilidade. O herbarista, novo profissional com profissão reconhecida também é especializado e mais conhecedor do assunto do que pessoas como eu que aqui escrevo, visando contribuir com parcimônia naquilo em que possa ser útil.

Algumas ervas que devem e podem ser administradas por todos as donas e donos de casa: erva doce, camomila, hortelã, carqueja, malva, macela, boldo do chile, guaco, cidreira e capim cidró. (Vai ver que faltou alguma...) Mas para isso também devemos saber quais são as contra-indicações e efeitos residuais. Digamos que com estes chás, até mesmo de saquinho numa forma bem prática, já temos um pequeno herbário (coleção de ervas secas) em casa e para ficarmos contentes devemos ler bastante sobre estas plantas. Sem contar que aqueles temperinhos como óregano, sálvia, louro, canela, noz moscada, etc. que podemos ter na cozinha também possuem efeitos preventivos e medicinais. E é sobre este assunto que recai a meta deste blog: sobre as coisas simples da vida a nosso dispor e ao nosso redor; curiosidades à parte.