O "coronelismo" brasileiro
Ontem a mini série Amazônia mostrou a seguinte cena típica do coronelismo brasileiro:
Um trabalhador seringueiro da Amazônia (que estrai a borracha dos seringais [árvores que produzem a borracha vegetal]) plantou para a esposa uma pequena horta no pátio da casa para fornecer uma alimentação forte aos filhos. Quando a mulher colhia os primeiros quiabos para fazer um ensopado, apareceu um capataz do patrão e destruiu a horta. Bravo,o seringueiro foi a luta contra o capataz. Quando o patrão soube enviou quatro homens que covardemente deram uma surra no seringueiro e na frente de seu filho ainda criança. Para que os operários se alimentassem seria preciso que comprassem alimentos caros no armazem do patrão e não produzissem sequer para a subsistência e assim ficavam sempre devendo para os patrões, os coronéis. Sabe-se que em alguns lugares do Nordeste e do Norte do Brasil ainda ocorre este tipo de relação empregatícia. Há trabalhadores empregados na Amazônia, por exemplo, que produzem soja e alimentam-se de arroz com massa todos os dias, um tipo de alimentação muito comum no Brasil destinada aos proletários explorados. O dever dos patrões, pessoas que tem condições de empregar,deveria ser ao menos o de fornecer alguma alimentação equilibrada para seus subordinados a baixo custo e, cada vez mais, todos devem ter condições de produzir se for conveniente uma pequena horta em seu pátio, em seu canteiro, em sua escola, condomínio ou de outras formas criativas. Ali na horta está boa parte da saúde e da vitalidade de um povo disposto a aprender novas e melhores formas de se viver em harmonia quando o poder deve ser dirigido ao serviço do bem comum.
Acrescento que o patronato deveria ter o dever legal de fornecer condições de fornecer aos seus subordinados uma alimentação condizente com os valores nutricionais conferidos por nutricionistas e fiscais. Isso diminuiria uma série de gastos do governo com saúde, este valor que as pessoas precisam ter para trabalhar bem.
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